quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Assistam o vídeo sobre aprendizagem colaborativa e certamente vocês irão gostar!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

CRÔNICAS PARA RIR...e PENSAR...


Após um dia daqueles nada melhor do que rir lendo uma crônica "cronicamente" engraçada!!!






CRÔNICA do AMOR

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem amenor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga.

Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco.
Gosta de viajar, de música, tem loucurapor computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Arnaldo Jabor

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Dentre os tipos de texto a crônica é a pausa reflexiva que instiga o cotidiano...


A lua,o poeta e o homem.

Há quem diga que a lua é o fiel satélite dos poetas românticos. Para ela vão sonhos de amor e de vida. No luar deságuam paixões inconfessáveis. Aí, assim, acertadamente, os olhos de Deus, feitos olhos dos homens, olham para ela e sentem que, além do São Jorge cavaleiro, há na lua dos enamorados um sonho satelizando muitos desejos, ávidos para se tornarem realidade.

Aqui e alhures a poesia encantou e ainda o faz graciosamente. Com o perdão da obviedade, eu diria aos práticos, pragmáticos e tomesianos demais que a lua é, além de satélite dos poetas, o melhor lugar para que nosso olhar sonhe e nutra-se de felicidade.

Sem querer aqui fecundar a presunção da inocência, deposito no luar, esse adorável cal do sol, grande parte da magia dos deuses. Se chego a presenciar na face do poeta o rubor da modéstia, há nele o que se possa encontrar em demasia, o amor em forma de poesia.

Mas a rotina alienada dos que veem na poesia apenas um passatempo ágil para os olhos, não merece cultivo algum. O homem moderno acha-se fatigado pelos prazeres/desprazeres artificiais e pelas ideias estéreis do desumano. Há no pensar moderno tralhas de hipocrisia, vultos imensos de isolacionismo – alma da solidão –, o gosto deslustrado do apenas material.

Recentemente a mídia povoou nossos lares com inimagináveis almas que desacreditam ainda que o homem foi à lua, pisou em seu solo, deixou nela marcas reais. Creio tanto nos três mosqueteiros americanos – descontados aqui os excessos literários – que, parece, estive tête-à-tête com São Jorge e o seu cavalo branco. A história de conquista da lua pelo homem é marco denso de atributos heroicos e, definitivamente, inegáveis.

Claro que os americanos, precisamente seu governo, precisavam transformar o dia imagético da conquista de pouso do homem em solo lunar em um grande “Talk Show”. Isso fazia parte do show. Rússia e Estados Unidos viviam e ainda vivem desses enfrentamentos narcísicos de superpoder, supremacia, superioridade bélica e intelectual. A ideia era deixar publicada uma incomum expressão midiática de otimismo e poder! A lua que esteve presente no olhar daqueles homens é quase anedótica. A que os poetas veem é completamente diferente.

Eu prefiro continuar a ver na lua o belo e imponente satélite dos poetas. O luar para mim é vivificador. Ainda vejo no longínquo solo lunar as alegres e míticas imagens do meu São Jorge da infância, de uma lua intocável, pura, repleta de sonhos. A lua é, sem dúvida, a alma da poesia dos melhores poemas de amor que já li, declamei ou fiz.

Um escritor vive mergulhado, sim, entre o fetichismo e o real – plaga do seu presencial exercício. Um poeta vive e sobrevive aos cânticos de sua alma. A poesia é capaz de tecer luares apaixonantes, imagens deliciosas no espírito, perfumes de sonhos encantadores.

Collins, Audrey, Armstrong – que de poetas ou lunáticos nada têm, estarão sempre marcados na história mundial como os primeiros humanos a pousarem na lua. Não sei se eles teriam o mesmo afã de tecerem um lindo poema de amor hoje, comemorando aquele magistral evento. Pousar em solo lunar é mais tecnologia do que humanística, para eles, enquanto profissionais da ciência. Voar é estar mais alto de onde eles estiveram. Poetizar só é-nos permitido quando o luar enxergado traz-nos à alma a outra face de Deus, o outro doce da vida, o outro homem do homem.

Paulino Vegetti Neto

Todos os gêneros...

Nesse espaço o gênero literário que será observado é a crônica.Jeito de enxergar o cotidiano de maneira crítica envolvendo personagens que nada tem de extraordinário, a crônica tem a maneira peculiar de interpretar fatos prosaicos que transitam pelas frustrações a soluções inéditas.
Textos práticos e simples que calibram a linguagem culta e coloquial são ideais para leituras em sala de aula.Tema atuais e direcionados para provocar reflexões para posteriores debates podem ser escolhidos pelo professor para dinamizar as aulas.
Entre autores que usam esse gênero Moayr Scliar merece destaque.Vale a pena conferir.